
Cerca de 330 exoplanetas já foram achados orbitando outras estrelas além do Sol. A maioria são gigantes gasosos com características semelhantes a Netuno, que tem 17 vezes a massa da Terra. Mas o planeta citado no estudo supracitado, chamado CoRoT-7b - é diferente. Ele completa uma órbita a cada 20 horas, a uma distância de apenas 2,5 milhões de quilômetros da sua estrela. Sua temperatura oscila entre 1.000C e 1.500C, o que significa que não pode abrigar vida. Seu raio é cerca de 80 por cento maior que o da Terra.
Em artigo na revista Astronomy and Astrophysics, os cientistas disseram que suas conclusões colocam o CoRoT-7b na categoria das "super-Terras". Cerca de 12 delas já foram localizadas, mas é a primeira vez que se mensura com relativa precisão a densidade e a massa de um exoplaneta tão pequeno. Para fazer essas medições, eles usaram um dispositivo chamado "procurador de planetas por velocidade radial de alta precisão" (Harps, na sigla em inglês), que é um espectrógrafo ligado ao telescópio do Observatório Europeu Meridional, em La Silla, no Chile. De acordo com os cientistas, esse é "o melhor dispositivo caçador de exoplanetas no mundo." Embora o "Harps" certamente seja imbatível, quando se trata de detectar exoplanetas pequenos, as medições do CoRoT-7b mostraram-se tão exigentes que tivemos de reunir 70 horas de observações," disse François Bouchy, outro integrante da equipe europeia de astrônomos. Artiz Hatzes, que também faz parte da equipe, disse que o trabalho representou um "tour de force" das medições astronômicas. (Reuters, London, Kate Kelland).
Outro caso interessante é o exoplaneta Gliese 581d, estudado pela equipe de astrônomos da ESA que aparenta ser portador de oceano.
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